Léia Cristina sugere a criação de programa de capacitação contínua para todos os profissionais da Saúde e da Educação, no atendimento de pessoas TEA
Última atualização em 23 abril 2025 às 10h16

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma síndrome comportamental cujos sinais indicativos são percebidos já nos primeiros anos da infância. Considerando o desenvolvimento como sensível de modo especial às primeiras experiências da criança no ambiente, o diagnóstico e intervenções educacionais precoces são consensualmente indicadas na literatura como catalisadoras do desenvolvimento nos casos de TEA. Para tanto é necessária uma formação profissional voltada para as especificidades do transtorno que capacite àqueles responsáveis por essa intervenção. A partir disso, a vereadora Léia Cristina apresentou em plenário, nas reuniões ordinárias de março a indicação nº.34/2025, com o objetivo de desenvolver um programa para formação de profissionais das áreas da saúde e educação para atuação educacional com pessoas com TEA.
“A presente indicação visa promover um atendimento mais humanizado, acolhedor e respeitoso às crianças com TEA, bem como às suas famílias. É de conhecimento geral que muitas famílias enfrentam, diariamente, situações delicadas e constrangedoras, como olhares de espanto, comentários e falta de preparo para lidar com comportamentos típicos do espectro autista”, afirma.
Segundo a vereadora, tais atitudes, muitas vezes, são perceptíveis pelas próprias crianças e familiares, gerando dor, insegurança e constrangimento. Em alguns casos, os próprios responsáveis ainda estão no processo de diagnóstico ou compreensão do transtorno, o que torna o acolhimento ainda mais essencial.
Dentre os objetivos da capacitação, ela enumera a preparação dos profissionais para reconhecer e compreender as características do TEA; promoção do respeito à diversidade e combater o preconceito; garantia de um atendimento mais eficaz, humano e empático; amparo aos familiares e responsáveis, especialmente nos momentos mais sensíveis e fortalecimento de uma rede de apoio, sensível às necessidades das crianças com TEA e suas famílias.
Para garantir a qualidade e a efetividade dessa capacitação, Léia sugere que o município possa firmar parcerias com instituições e profissionais especializados, como: APAEs e Associações de apoio ao autismo; ONGs e profissionais da região com experiência em TEA (psicólogos, terapeutas, pedagogos, neuropediatras etc.) e Universidades com cursos voltados à saúde, educação e inclusão.
“Tais parcerias possibilitam a construção de um programa sólido e atualizado, com ações práticas, rodas de conversa, oficinas e formação continuada, oferecendo aos servidores municipais as ferramentas necessárias para acolher, incluir e cuidar com dignidade todas as pessoas com TEA e suas famílias”, conclui.